14.4.17

Das mediocridades

Todas as marinas do mundo têm um café ou restaurante que é frequentado pelas pessoas que nela trabalham. Há excepções, claro, notórias mas irrelevantes - e às vezes até explicáveis -. Na marina de Bas-du-Fort esse lugar é ocupado pela Frégate e - em menor escala - pelo Pirate.

É fácil para quem sabe identificar esses locais: invariavelmente abrem mais cedo, são mais baratos e um tipo não se sente obrigado a calçar-se para lá ir (se a Frégate tivesse net como deve ser suponho que o Pirate não seria sequer aqui mencionado).

Na Frégate a comida é ligeiramente mais do que medíocre - digamos suficiente menos - os funcionários são adoráveis, a net péssima mas ninguém se sente compungido por ter deixado os sapatos a bordo ou o computador numa mesa o dia todo. Hoje, pela segunda vez tentei ir comer a outro lado. As accras do Pirate acabaram de me convencer: não. A ideia era dar uma volta pela marina - da qual de resto estou saturado - mas a chuva enfiou-me no Best Burger, ou coisa que o valha. Não fixei o nome: é inútil. Voltar aqui só por castigo ou ameaça de morte iminente por falta de comida.

Há definitivamente espécies diferentes de mediocridade. Algumas são positivas,  queridas, doces, enternecedoras. As outras não passam de medíocres. 

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