20.6.17

Fragmentos, Vésperas

O meu mar é outro: o da dúvida,  do medo,  da "inabilidade fatal" de que falava o velho Arthur antes de ir vender armas aos etíopes,  um povo tão bonito quanto altivo e guerreiro. Que se foda o mar: o rapaz pôs o vinho tinto no congelador e agora está fresquinho. 

O vento caiu e as vagas parecem rugas no rosto de uma jovem trintona, à espera do amor ou do amante, vai saber.

Um velho adágio inglês explica a colonização britânica como sendo uma busca por "melhor clima, melhor comida e mulheres mais bonitas". Há muito que o sei justificado mas alegro-me cada vez que o confirmo. Salvo raras excepções os ingleses não têm sorte com as mulheres. 

Vou perder a camionete por cinco minutos. Hoje vi um quadrado do Calvin no qual ela explicava ao Hobbes que "a realidade continua a atrapalhar a minha vida". Podia elaborar horas sobre isto mas prefiro olhar para o mar - cujas rugas se atenuam porque há cada vez menos vento ou, quem sabe?, o amor está cada vez mais perto -.

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